ROSA 491 NOVOS VALORES

No seio da vida em frágil balança,

Eis que os valores, outrora fulgentes,

Se perdem na névoa das aparências,

Enquanto as almas se tornam correntes.

As virtudes, em manto de lamento,

Desvanecem-se sob o brilho fugaz;

A humildade se esconde, um tormento,

No sonho vazio da fama audaz.

Seres humanos, onde estão as suas essências?

Em selfies e festas, só o que se vê?

Os bens são os novos reinos e crenças,

Mas o que vale, se a alma não crê?

Quem, se não os maus, alçaram vôos e se foram?

E os bons, em seu silêncio, onde estão hoje?