Soneto aos humildes

Eu faço versos para os excluídos;

Eu faço versos para os desgraçados;

Para os tristonhos, para os deprimidos;

Para os famintos, para os desprezados.

Sou poeta dos pobres, dos mendigos;

Das prostitutas, dos desmazelados;

Dos invisíveis, loucos e perdidos;

Dos pobrezinhos e dos desalmados.

Meu verso acolhe a alma desvalida,

Por todo o fel da solidão, do pus,

Da ingratidão suprema dessa vida.

Adoro cada espinho, cada cruz;

Dos desafortunados dessa vida,

Dos bem-aventurados de Jesus.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 31/10/2024
Código do texto: T8186095
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