ROSA 483 O SERVO USURPADOR

No seio da função, um triste erro,

Que o ser na prepotência aplaude,

Do servo que, em seu ego, faz-se ferro,

Esquece o patrão, o povo que faz alarde.

Ditadores em trajes de serviço,

Com a arrogância a guiar seu destino,

Desviam-se do nobre compromisso,

E ao bem comum, tornam-se ferino.

Mas há, entre servidores, a luz reluzente,

A minoria que ao dever se entrega,

Servindo ao povo, com amor, valente.

A eles, a chacota, a mão que nega,

Mas são os verdadeiros, em sua essência,

Servos de um sonho, em pura decadência.