CHEIRO DA POESIA

Versos: Hendecassílabos.

Autor: Valdir Loureiro

Poesia! de novo, eu não resisti

A ficar sem perfume teu no meu peito!

Por isso, corri, estou aqui: foi o jeito,

A fim de ganhar teu olor que perdi.

Na noite de ontem, eu me recolhi

Ao meu aposento e procurei o leito;

Mal achei o sono, não dormi direito,

Porque nem um cheiro de verso, eu senti.

Agora que estou nos teus braços, deitado,

Respiro o ar puro de um poeta inspirado,

Recebendo a brisa do campo fagueiro.

Voltei novamente disposto a ficar

No teu aconchego, que parece um lar —

Onde, do teu jardim de amor, sinto o cheiro.

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Poema acima na forma do soneto italiano, rimas ABBA ABBA CCD EED.

VALDIR LOUREIRO
Enviado por VALDIR LOUREIRO em 27/10/2024
Reeditado em 28/10/2024
Código do texto: T8183329
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