Por mais que eu viva e mais aprenda nesta vida,
por mais que eu sinta e veja aqui tanta maldade,
mais me arrepio ao constatar que esta verdade,
é vil prazer que muita gente dá guarida!
Por isto eu vivo numa imensa soledade,
bem afastado desta malta embrutecida!
Mas, penso, às vezes, se é correta tal medida
e, se essa escolha é um defeito ou qualidade...
Haverá, depois da morte a cobrança do mal?
E o bem que não se fez? Não será um mal igual?
Que Lei nos aguarda no mundo do infinito?
-Não sei... Sei que do bem que fiz algo mereço;
e, muito embora pelo mal não tenha apreço,
do bem que nunca fiz, aguardo um veredito!