EPÍLOGO

EPÍLOGO

De tanto aos outros me doar

Noites perdidas, preocupações

Dias infindos a me derramar

Em suor, lágrimas e lições...

Fui me consumindo, sumindo

Esquivando-me das tentações

Da persecutória pobreza fugindo...

Restam hoje pequenas porções

Um pouco de mágoa, ressentimento

Por não ter me cuidado mais

Não do corpo, esse vira alimento

Dos vermes, dos abutres colossais...

Vai chegar a hora, o exato momento

Que de mim não lembrarão, jamais!

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 26/10/2024
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