Como se te perdesse, assim te quero,
de sedes e desejos inundada...
És a água que se bebe na alvorada,
és brisa sob o sol dourado e austero.

 

Desejo-te num todo, e então te espero
no arco-íris, na manhã, na noite e em cada
fôlego e riso. Na alta madrugada
busco-te em sonho lídimo, sincero.

 

Procuro-te no cerne das voragens,
nas nuvens e nos ventos mais selvagens,
nos ermos desta ausência que me invade.

 

Espreito muito além das altas portas,
onde julguei as minhas asas mortas
e encontro-te nas frestas da saudade.

 

Geisa Alves

 

 

 

 

 

 

 

Academia Brasileira de Sonetistas ABRASSO
Enviado por Academia Brasileira de Sonetistas ABRASSO em 26/10/2024
Código do texto: T8182352
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