O Cativo de Argel
Eu, nesta terra moura, cativado
Por um senhor despótico e cruel…
Vi neste teu rostinho imaculado
Uma esperança doce como o Céu.
Tu, filha de quem me lançava ao chão,
Na ausência de teu pai me acalentaste:
Me deste por comer o branco pão
E melhor alimento – me beijaste!
Tanto foi teu carinho e bem-querer
Que deste-me moedas ao dizer
“Paga ao mestre e serás livre, senhor!”
Paguei porém não sei se, neste estado,
Posso considerar-me libertado
Quando estou preso aos laços deste amor.