ROSA 481 BUSCA MESQUINHA

No âmago da vida, a busca ardente,

Por felicidade, amor e seus encantos,

Mãos se entrelaçam em sonhos, constante,

Mas a renda é pífia, em prantos tantos.

Egoísmo nos guia, como serpente,

Na curva das sombras, os corações,

Queremos beleza, poder, um presente,

Ascensão social, em vãs ilusões.

Oh, psiquiatra, sábio em suas letras,

Dizes que a vida é um jogo, um carnaval,

E a quarta-feira de cinzas, as metas.

Aprender a dançar no mal e no bem,

É a arte de viver, o eterno ritual,

Partindo do efêmero, ao que se tem.