Sobre os ombros

Sobre os ombros o peso e a leveza

Da vida, contraditoriamente bela,

Em obscuras manhãs existe beleza

Como também o tédio do sol na janela

O real cabe na palma da mão

Tudo o mais é um talvez, quem sabe?

Cada dia uma roleta de sim e de não

Porta que se fecha e outra que se abre

Sobre os ombros o tempo acumulado

Das horas sobrepostas no mundo

E eu, quem nem controlo um segundo

Sinto o triunfo de um derrotado

E a tristeza estampada do vencedor

Eis a vida! Ei a história! Eis o amor!!

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 25/10/2024
Reeditado em 25/10/2024
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