Sobre os ombros
Sobre os ombros o peso e a leveza
Da vida, contraditoriamente bela,
Em obscuras manhãs existe beleza
Como também o tédio do sol na janela
O real cabe na palma da mão
Tudo o mais é um talvez, quem sabe?
Cada dia uma roleta de sim e de não
Porta que se fecha e outra que se abre
Sobre os ombros o tempo acumulado
Das horas sobrepostas no mundo
E eu, quem nem controlo um segundo
Sinto o triunfo de um derrotado
E a tristeza estampada do vencedor
Eis a vida! Ei a história! Eis o amor!!