A oitava praga
De paixão se referve no mormaço
O egipciano peito, e nas orgias
Bolha e pulsa que duram longos dias,
Pelos chãos dos casebres, pelo paço.
E edificando vai por largo espaço
Umas quão falsas, tanto mais sombrias
Imagens de sonhadas geometrias,
Feitiços de seu próprio amor, e braço.
Ingrato peito, e duro! Não se rendem
Nem esta hora as quimeras tuas, quando
O teu Deus Verdadeiro está chamando?
Mas tudo cala, e os ídolos se fendem:
E aos ares, antes lúcidos e imotos,
Enublam de tumulto os gafanhotos.