Elegia materna

Nasci junto do mar

Cintilante e vespertino

Vi cada onda versejar

A poesia do divino

E a natureza que fez festa

Também impôs no meu destino

A elegia em luz materna

Na São Luís que pouco rimo

Sou mais um pardo maranhense

Do gueto, o reggae. Eu vim da plebe

Em mim o Sertão também reclama

E ao Ceará nunca se nega

Vim do Araripe em sopro longo

Semente vista em dor materna

*Auto-biografia de Gualter de Alencar. Imagem da minha mãe em 1986*

Gualther de Alencar
Enviado por Gualther de Alencar em 24/10/2024
Código do texto: T8181032
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