Elegia materna
Nasci junto do mar
Cintilante e vespertino
Vi cada onda versejar
A poesia do divino
E a natureza que fez festa
Também impôs no meu destino
A elegia em luz materna
Na São Luís que pouco rimo
Sou mais um pardo maranhense
Do gueto, o reggae. Eu vim da plebe
Em mim o Sertão também reclama
E ao Ceará nunca se nega
Vim do Araripe em sopro longo
Semente vista em dor materna
*Auto-biografia de Gualter de Alencar. Imagem da minha mãe em 1986*