Sonento com serventércios
soneto com estrambote.
A Rosa branca que perdi
À cinco anos, no jardim da vida
colhi uma rosa muito branca e bela
e inebriado no perfume dela
ao amor no meu peito dei guarida.
por uma estrada tão longa e sofrida
a protegi qual velho jardineiro
que por tempo integral, o dia inteiro
rega e poda sua planta mais querida
quando a colhi, fui lépido e ligeiro,
e a pus numa estufa aquecida
pela luz do amor mais verdadeiro.
mas certo dia a vi emuchecida
talvez cansada do velho viveiro,
e saudosa de onde foi nascida.
...... abri a porta e a mandei de volta
à terra de onde a tinha recolhido
e desde então a dor tenho sofrido
na solidão, sem mágoa e sem revolta.
mestre Egídio