Soneto dá estrada
Das estrelas me sentindo abandonado
O escuro unindo o céu á terra
Vestindo o vento, barrado pelo mato
Um cheiro de bicho á passar daquele lado
Na estrada longa e armado de medo
Andei carregando minha coragem
Distante sabia eu, do conforto dá chegada
Que á passos certeiros rompia a madrugada
Então um corisco a distância iluminou
Tão cruel me queria ainda a enchorrada
Que desviava a cada relâmpago que clareava
Na chegada fui me recolhendo, me aquecendo
E as labaredas do fogão, companheira dá solidão
Me fazia feliz, como poderia um brasileiro no sertão