De tudo que passou nas nossas vidas,
que fique o grato eflúvio da saudade,
que viva para toda eternidade
o afeto das quimeras mais floridas.
Não seja o véu de lágrimas sentidas
o tom final da lídima amizade
que, agora, em nossa nova afinidade,
subsiste sob a luz das despedidas.
O amor presume bênçãos, não castigo,
e em mim sempre terás um bom amigo
disposto a dar-te a mão na trilha incerta.
Talvez lembrar os sonhos do passado
console um coração despedaçado
e me amenize a dor da chaga aberta.
Paulo Cezar Tórtora