De tudo que passou nas nossas vidas,
que fique o grato eflúvio da saudade,
que viva para toda eternidade 
o afeto das quimeras mais floridas.

 

Não seja o véu de lágrimas sentidas
o tom final da lídima amizade 
que, agora, em nossa nova afinidade,
subsiste sob a luz das despedidas.

 

O amor presume bênçãos, não castigo,
e em mim sempre terás um bom amigo
disposto a dar-te a mão na trilha incerta.

 

Talvez lembrar os sonhos do passado
console um coração despedaçado 
e me amenize a dor da chaga aberta.

 

Paulo Cezar Tórtora

 


 

 

Academia Brasileira de Sonetistas ABRASSO
Enviado por Academia Brasileira de Sonetistas ABRASSO em 22/10/2024
Reeditado em 22/10/2024
Código do texto: T8179259
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