ROSA 472

Em busca do amor que ao peito se anseia,

Trago em meu ser, tesouros a jorrar:

Carinho sincero, um abrigo, a ideia

De companhia eterna, a arte de amar.

Mas na vastidão deste amor que ofereço,

Por entre as flores, não sei onde achar

Aquela que, em meu peito, eu reconheço,

Que seja espelho, refletindo o cantar.

As damas que vêm e vão, sem complacência,

Desvanecem ao toque, como luz solar,

E em cada encontro, uma nova ausência.

Oh, musa, que me inspire a decifrar

Se a essência do amor, em sua presença,

Encontrarei um lar, meu sonho a brotar.