SAUDADE ATO DEZESSEIS

SAUDADE ATO DEZESSEIS

Ontem imaginei o leque da tua voz

nossa senha, o assobio do casal,

chamado de amor e olhe a coincidência,

pássaro pousado na mesma nota musical.

Lindo era teu toque afinal para mim,

pois estive ali, onde em sonho é possível

cantar o único verbo da canção: “Venha!”

E eu fui voando no tempo, ave divisível.

Outras sobras passaram em silêncio,

mesmo o grito fora de um esboço de poesia,

talvez tudo sem saudade, sopro do nosso início

Mas o assobio do casal, a maravilha sonora,

nosso boa-noite foi o ruído básico

o beijo imaginado, um milagre acústico.