A deusa da justiça nunca foi cega;

De fato, é só um olho que ela tem,

Porque só enxerga o que convém,

E ignora o que não está na regra.

 

Pois ela veste o modelo do direito

Que alfaiates das casas legislativas

Costuram só para os seus convivas

E sem importar para quem é feito.

 

Ela não provê mesa para os fracos;

Nela o rico sempre vai comer bem,

E o pobre somente lavar os pratos.

 

É o evangelho dos nossos tribunais:

- Subtrair daqueles que menos têm

Para somar naqueles que têm mais.