dia do médico
o silêncio me olha e escuto
outros olhares outros silêncios
são vozes faces gritos feridos
dores do corpo ressoando na alma
dores da alma transbordando no corpo
e a realidade se afoga na doença
a morte devora a eternidade
esta joia que vive no coração
e é angústia cansaço desespero
onde havia paz encanto criança
mas ao curador em mim ferido se alia
o poeta que atravessa a insanidade e
dentro da noite mais profunda a aurora
se torna poema alívio e cura