INFLEXÃO
Sou carne, osso, vontade em pelo
Parte luz, parte densa escuridão
No verso apoiado, frágil equilíbrio
Ou talvez ponto de inflexão
No tempo entre vãos resvalando
Sigo cuidando das flores no canteiro
Com as unhas remexendo o chão
Fazendo da vida um possível viveiro
Ser de carne e incertezas
Buscando sempre sentido
Sou mundo em evolução
Onde a única constante é a mudança
Sou feito da matéria de minhas lembranças
De tudo o que sou e tenho sido