ROSA 464 JUIZ E PECADOR
Em sombras densas, o crente se ergueu,
Do lodaçal de erros, ele brotou,
Pecados e delírios, ao sabor do véu,
Implorou perdão, ao céu e ao que amou.
Da carne a fraqueza, a alma em tormento,
Nos braços do vício, a paixão se esconde,
Mas o tempo, em sua dança, traz o alento,
E o juízo agora, em vaidade, responde.
Bolsonarista, a razão se apossou,
Do verbo divino, a espada fitou,
E o homem que errou, com zelo e ardor,
Se julga juiz, no altar do temor,
O carrasco da fé, em nome de um Deus,
Que em sua hipocrisia, redime os seus.