ARDILOSA DESORDEM...

E se discute entre olhos

O que se ver ou não, tal,

E se sabe sim, pois, afinal,

O que se vê ou não, obvio...

E assim o que um olho vê

O outro não consegue ver,

Porque um se fecha e que

O outro, aberto, podes crer...

E ficam no vil tira-teima

De que se olhe, os dois,

Ou se fechem e não olhem,

E nesse tira-teima sutil,

Um vê e o outro não viu,

Que ardilosa desordem...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 17/10/2024
Código do texto: T8175862
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