A Arte que se Calou

Num riso leve, o coração a vida envenha.

Entre tais telas, cenas de amor se desenha

Nos olhos, o romance em brilho se reflete,

Linda Mulher, memórias que o tempo remete,

Filmes, mas onde anda a comédia de outrora?

Política em cacos, sorriso censurado,

O som que era livre, hoje ressoa calado,

E será que a verdade, enfim, não mais se aflora?

Medo e terror, por sua vez, cresce em meio aos ais,

Nos corredores de sombras, medos velados,

O Iluminado, em sussurros e perturbados,

Convoca-nos à treva, mas nunca com paz.

Filmes são janelas da alma decadente,

Mas quem os molda, teme o mundo que se sente.

Ferrachi Abdtzen
Enviado por Ferrachi Abdtzen em 17/10/2024
Código do texto: T8175469
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