O ocaso do amor
Juntos, depois de longa primavera,
A cultivar amor um pelo outro,
Floriu a poesia de um broto,
Que o vento do destino ali trouxera.
E viveram um sonho sem quimera,
Um amor educado e complacente.
Aquele amor que nunca trai ou mente,
E pacientemente a vida espera.
Até que um certo dia, o acaso
Roubou, de um soneto do Parnaso,
Um verso de amor que foi desfeito.
E daí em diante, até agora,
O amor pelo outro embolora,
No mofo que restou dentro do peito.