CARECENTE

Se eu peço ao verso para ter piedade

que não seja hostil a uma trova dócil

dizes que sou tão rude e um tanto vil

querendo um rimar com sensualidade

De onde vem tão pouca serenidade

se pouco o poetizar aparenta gentil

mais atento e amável, terno e sutil

sem aquele tom com voracidade?

Meu suspirar dolente e tolo chora

nos versos que vem e vão e, assim,

embalados em tristura, vêm afora

Parece então que tudo é apenas dor

pondo o versar triste diante de mim

carecente de apego, emoção e amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

15/10/2024, 14’16” – cerrado goiano

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

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Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 15/10/2024
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