Súplica

Em sombras eu caminho, alma vazia,

Sonhando ser o lar que nunca fui;

O tempo passa, e a vida se dilui,

Levando embora o sonho, em agonia.

Meus passos que anseiam o porvir,

Encontram o vazio, a solidão;

O peito, em pranto, clama à criação,

Mas só meu eco insiste em me ouvir.

Ó, Deus, por que me deste tal desejo,

Se a vida, indiferente, me negou

A graça tão sublime que almejo?

Em Vós ponho esperança, ó Criador

Que suba a Vós minha triste oração

E guardeis com piedade o meu clamor.

Cristina Berger
Enviado por Cristina Berger em 14/10/2024
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