Estado Frenesi
Eu paro enquanto o mundo corre
Há algo em mim que empaca
Vem uma tontura de ressaca
Uma lentidão no sentir que ocorre
O arrepio fugaz em mim transcorre
Me liberto do véu da visão opaca
Um corte no tempo com afiada faca
Presa em um looping que ninguém socorre
Acompanho a sobrecarga dos sentidos
Um engarrafamento de sensações
O desajeito com o pensamento
Todos os espaços da mente invadidos
São trazidos à lucidez das visões
Junção de todo o pulsar que me alimento.
(Michele de Vênus, Jan 2022)