O VENTO PASSA, A ÁRVORE FICA

Ainda que faça escuro

Eu poemo em sussurro

Ainda que chorando

Sob o frio em mim cortando

O verso é estrado da cama

Adubo fecundando a terra

Mesmo em meio a outonos

E a nudez de galhos sem folhas

Eu replanto meu bosque

Eu declamo um soneto

Eu resisto enquanto puder

Fincado em profundas raízes

Crescidas desde a infância

O vento passa, a árvore fica

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 13/10/2024
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