DESAMOR TAMBÉM CEGA...

Não vejo flores, mas uma ruma diferente,

Não vejo a noite, nem estrelas a brilhar...

Nem neste sol a energia mais ardente...

Sem direção, eu sou apenas caminhar.

Não vejo a alma, mas o olhar indiferente,

Não tenho sonhos, mas o reles despertar...

E no sorriso que deveria ser um presente...

Eis os teus dentes num simples debochar.

Não é cegueira, mas um mal equivalente,

Pois a janela da minha alma, de repente...

Viu seu colírio pouco a pouca lhe cegar.

Igual ao jato venenoso da pior serpente,

Bote preciso “aqui jaz” me fez demente...

Que nada de lindo eu consigo enxergar.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 13/10/2024
Código do texto: T8172195
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