Cura te ipsum
Com o brusco mover do teu talento
Que vais nos caminhos deste erudito
Transformando o que abjetos haviam dito
Com tal temor medonho em pensamento.
Então como um espectro de cigano,
Na tez do sanguinolento felino,
Ou um temido passante sem destino,
Nas penumbras sombrias deste profano.
Porém és como a música profana,
No violino de Tartini que toca
A essência misteriosa d’alma humana.
No vale sombrio um tenaz viajante,
Que tais demônios, anjos tais provoca
Numa ironia sarcástica hilariante.