A arte de ser poeta

O poeta que na sua arte é bom de fato,

Não engole uma rima que atrapalha,

Fica então, entre a pele e a navalha.

Entretanto, procura ser sensato.

Reconhece logo, que o lebre é gato,

Contudo essa notícia não espalha,

Antes, procura corrigir sua falha.

Elimina o erro no momento exato.

Sabe que a obra-prima é inalcançável

E se alegra apenas com o recado,

Que por vezes parece indecifrável.

Os seus versos, vendidos no mercado,

Tem a graça do poema irretocável,

Que absolve o pecador, pune o pecado.

Recife, 12 de outubro de 2024

Luís Xavier
Enviado por Luís Xavier em 12/10/2024
Código do texto: T8171595
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.