ROSA 555
No cerne do amor, um mistério profundo,
Desvenda-se a alma em seus anseios,
Palavras dançam, em versos, os meios,
E a lógica do afeto é um mundo.
A luz que reflete o olhar fecundo,
É signo e sentido em seus passeios,
Cada gesto, um eco entre os passeios,
Decifra o que o coração tem vagabundo.
Amor é arte, é ciência e é vida,
Um texto sutil que se lê com calma,
Em cada rima, um eco da partida.
Na busca eterna, a dor é a palma,
E a hermenêutica, em sua lida,
Revela que o amor é a própria alma.