ROSA 454 INSTANTES QUE FOGEM
Na multidão dos “e se…”, perdidos,
Caminham almas, sombras do que foram,
Desviam-se dos sonhos coloridos,
Em cada passo, esperanças que imploram.
O tempo escorre entre dedos vazios,
E os corações, em prisões de receios,
Esquecem a dança dos amores tardios,
Por temerem a dor de velhos anseios.
A vida, um quadro que anseia ser pintado,
Vibrante em tons de paixão e de riso,
Mas o medo torna o instante congelado,
E no eco do “e se”, o amor é um aviso:
Viver é um ato, um gesto ousado,
E amar, a luz do coração em improviso.