O dia em que o Céu e o Mar vão se amar

És o Céu rosado de amanhecer lento.

Auroridade encarnecida de nuvens

À deriva na atmosfera em pleno desalento,

Que de longe chamo, mas não vens...

E eu, pobre oceano, poça do firmamento.

Desejando o frescor que tuas chuvas tens

- ó parte de mim. Diante tal acontecimento

Agradecerei a todos os santos e a Totens.

Daí, haverá festa nas areias do mar:

"-Venham os barcos e soprem o vento,

Venham os pescadores e seus Orixás.

Haverá cantos de sereias e bênçãos de Iemanjá...

Até Netuno emergirá para ver o evento

Do dia em que o Céu e o Mar vão se encontrar".

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 14/01/2008
Reeditado em 14/01/2008
Código do texto: T817047