SOB A CHUVA
Sob a chuva da manhã caprichosa
Cheiros e aromas de esperança subiram
Do chão batido, trincado e despido
Chão do lugar onde pisam meu pés
Meu corpo feito de carne e terra
Jarro esculpido em barro e lágrima
Canteiro de planta de pouca raiz
As águas que caem me trazem alento
Alento que me trouxeste
Envolvido em forma de silêncio
Com pitadas generosas de vazio
Assim eu te quero sempre
Sempre, mesmo que um talvez
Coisas do amor, que sabe esperar