SOB A CHUVA

Sob a chuva da manhã caprichosa

Cheiros e aromas de esperança subiram

Do chão batido, trincado e despido

Chão do lugar onde pisam meu pés

Meu corpo feito de carne e terra

Jarro esculpido em barro e lágrima

Canteiro de planta de pouca raiz

As águas que caem me trazem alento

Alento que me trouxeste

Envolvido em forma de silêncio

Com pitadas generosas de vazio

Assim eu te quero sempre

Sempre, mesmo que um talvez

Coisas do amor, que sabe esperar

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 10/10/2024
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