Quando eu nasci

Imagino-me no útero materno...

Aproximando-se a hora do meu parto,

Sinto-me acolhido, quentinho e terno,

Esperando dentro do escuro quarto.

A parteira está vindo aqui de perto,

Um atraso qualquer eu já descarto,

Mas estou, entretanto, bem desperto

Pra transmitir o que agora eu comparto.

Então, mamãe no esforço derradeiro,

Expulsou-me pra vida, assim eu vi

A primeira luz... do forte candeeiro,

Foi a maior emoção que eu já senti.

Súbito, meu choro, num só berreiro...

Foi assim, deste jeito, que eu nasci.

Recife, 08 de outubro de 2024

Luís Xavier
Enviado por Luís Xavier em 08/10/2024
Reeditado em 02/11/2024
Código do texto: T8169024
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