Tempo dá permanência
Meu colarinho ensolarado
Minha gravata empoeirada
Em racha, de moto trocada
Brincava na vida animada
E com toda responsabilidade caiamos
E as motos estragávamos nas desventuras
Elas gravides pra outra turma inventava
E nós em murros, nos enfrentávamos
Anos setenta, uma felicidade inventada
Por nós crianças em suas aventuras, despreocupadas
Onde a felicidade a contraversão, más em comunhão
Hoje os de nós vivos, nem nos vemos mais
Fingíamos de brutos, amantes dá infância
Acelerando rompendo o tempo dá permanência