CONCHAS: No Soneto das Águas!

Resolvi te procurar

Afundando rastros na areia

Doido, vai e vem, a te chamar

Até findar luar, da lua cheia

Som das ondas estrondando

...ainda te procurando

E nada te encontrar

Ali sentei, deitei, dormi!

Tudo de novo, em novo dia

Exato desespero, tudo igual

Te imaginando, mas não te via

...saindo do meu normal

Meu coração te sentindo

Minha alma, te precisando

Mesma lua e luar, não te achei.

Três noites, eu desfalecendo

Juntando restos de esperanças

Saudade forte, corroendo

Pela dor, das doces lembranças

Peito apertado, doendo...

Sem entender, sobrevivendo

Em nova lua, me recolhi e minguei!

Eis que ouço pouco nítida, a tua voz

Abafada aos sons e roncos do mar

Meu desespero, á pouco atroz

Senti a hora de te reencontrar

E toda dor de saudade feroz

Que fez do tempo meu algoz

Aliviar de vez meus ‘ais’

Quando ouvi pronunciado meu nome

Numa “CONCHA” recostada ,

Era ela, a minha amada

Com seu belo canto de amor,

Sob estrondos de ondas, a me chamar!

SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 07/10/2024
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