Quando atingimos a fronteira do bom senso;
quando a nossa inteligência, comum, desperta
e, percebe que a vida não é só oferta
de indisciplina, de gozo e de contrassenso;
quando começamos a sentir o descenso
dos sentimentos que o coração nos alerta
e, o corpo, que não pensa, e que tudo acoberta,
a nossa! Alma, se enche dum vazio imenso!
E a dúvida, surgindo em mórbida premissa,
se assenhora da mente, cansada e enfermiça,
e a deixa prostrada entre abalos e reclamos!
É quando, então, já de tudo desencantados,
nós nos questionamos, quais párias dementados:
-Quem somos? Donde viemos? Prá onde vamos?