SONETO VI

na anti-solidão de Espinosa

adormeci polindo seus cristais

hoje acredito em encontro casuais

céu ou inferno, não há mar de rosas

não quero a eternidade, é tenebrosa

o tempo é “para sempre”, ou “nunca mais”?

escolha a liberdade, não o fugaz

eu te avisei, mas você foi teimosa

eu vi através dos prismas da descrença

um cego, em regozijo, olhando o mar

no mar, no ser, no gozo a onipresença

vi na aparência o espelho do pensar

no céu, a luz seguindo a sua inércia

a força inata que o faz cintilar

MARCELO VALOIS
Enviado por MARCELO VALOIS em 07/10/2024
Código do texto: T8167991
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