SINAIS
Do teu olhar, distante e indiferente,
ainda guardo aquele resplendor
que tanto me fazia o sonhador
disperso em nuvens, pleno e sorridente.
As juras que fizeste, de repente,
perderam-se no fel do desamor
e meu sincero preito à doce flor
calou-se, desprezado tristemente...
Contigo extravasei ternura e afeto
em cada toque, em cada beijo intenso,
sem perceber os pérfidos sinais.
De calidez, querida, fui repleto
mas logo desmorono quando penso
que foi apenas febre, nada mais...