CARNE VERMELHA.
é o silêncio que fala,
sim... é ele, o silêncio,
o desejo que me cala,
sim... o sofrer extenso...
hoje fiz minha mala,
embriagado no bar da vivência,
jogado no chão da sala,
roupas espalhadas, ausência...
o silêncio é a dor, a centelha,
que marca a fogo minha pele,
e depois a cospe tão vermelha...
quisera eu ser o pássaro na telha,
na flor de açucena ser a abelha,
não sou nada além do que se fere...