CARNE VERMELHA.

é o silêncio que fala,

sim... é ele, o silêncio,

o desejo que me cala,

sim... o sofrer extenso...

hoje fiz minha mala,

embriagado no bar da vivência,

jogado no chão da sala,

roupas espalhadas, ausência...

o silêncio é a dor, a centelha,

que marca a fogo minha pele,

e depois a cospe tão vermelha...

quisera eu ser o pássaro na telha,

na flor de açucena ser a abelha,

não sou nada além do que se fere...

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 06/10/2024
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