*Soneto do Amor Silencioso*
*Soneto do Amor Silencioso*
Amar sem esperança de regresso,
É como amar a lua no seu lume,
Um brilho longe, cálido e expresso,
Que aquece o peito e traz suave perfume.
Não há promessa em céu tão vasto e aberto,
A força mora em quieta aceitação,
O coração, que longe e só, desperto,
Aprende a amar sem clamar redenção.
E na ausência de voz ou de calor,
Permanece, em segredo, o amor profundo,
Sem esperar um toque, um novo ardor.
É nessa entrega que se move o mundo,
Pois quem ama, sem pedir, em seu favor,
Carrega em si um universo fecundo.
Astir*Carr