*Soneto do Esquecimento*

*Soneto do Esquecimento*

Se o meu amor te pesa e te aborrece,

Permite à minha alma se calar;

Que a chama, se apagada, não fenece,

Se o vento não ousar mais soprar.

Do peito, um sonho antigo se adormece,

Escreve o tempo em sombras seu lugar;

Pois nada há que o tempo não esquece,

Só a vontade pode me guiar.

Mas quando a noite fria me envolve o peito,

Teu nome, qual estrela, ainda arde.

O fim parece longe e tão desfeito!

Esquecer-te? Ah, talvez já não tarda,

Mas do que foi, um brilho imperfeito

Resiste nos silêncios que o amor guarda.

Astir*Carr

Astir
Enviado por Astir em 06/10/2024
Reeditado em 09/10/2024
Código do texto: T8167591
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