Morrer de amor
Se o vento sussurra as mentiras caladas,
Tenho as lágrimas da chuva noturna
Que vem lavar o couro das faces!...
Porém sei que o canto da vil falada
É mais doce no beijo e sua conduta diurna
É mais santa do que parece, e s’esquece!...
Fica uma vaga memória de um dia chorar
As grandes musas e as belas fadas!...
Não se sabe dos espaços e tempos! A corar
Fica aquela sereia sorridente... Fadada...
Fadada a ser apenas a eterna fantasia!
Se a realidade dói mais do que viver,
Escreva o caminho do amor! Que faria
Um poeta nesse mundo? Talvez de amor morrer!...