ENTRE O RISO E O PRANTO
ENTRE O RISO E O PRANTO
No céu da vida, nuvens solitárias
Muito distantes, vastidão profunda,
Alma que chora, e na ilusão, se afunda
Na luz fraca das horas ordinárias.
Esperas dolorosas, mandatárias,
Tingem de cinza a fé, não se confunda
E o coração, de novo, se aprofunda,
Nas madrugadas frias e sacrárias.
Na dança do destino, incerto passo,
Dessemelhanças, entre o riso e o pranto,
Busca-se os versos para o seu cansaço.
E na penumbra, tece o seu encanto,
Compondo a vida em cada verso escasso,
-Ouve-se um eco do seu doce canto-.
HélioJSilva, 02/05/2024, Hortolândia-SP