ROSA 442
Em leito de inquietude, a mente,
Cavando em busca do turbilhão,
Faz do ânus o alvo da confusão,
E, em sonho febril, a paz se ausente.
Quem dorme em brumas, a alma ardente,
Levanta-se, oh, triste, em frustração,
Com o dedo, em fétido afã, a lição:
A busca do tumulto é o que se sente.
No eco dos gritos, a vida é um jogo,
Em cada esquina, a intriga se aninha.
Quem se entrega à sombra, ao vil desafogo,
Desperta com o fardo da mesquinha,
E a mente, em labirinto, não é fogo,
Mas cinzas que o tempo já ensina.