O BAILAR DAS BORBOLETAS
Bailam borboletas lilases no meu estômago
Sinto ânsias de versos de ternura e gentileza
São como arco-íris à germinar do meu âmago
Transladando a dor e o medo em rara destreza!
Pois de todo o feito da poesia, este é o superno
Transformar a escuridão da vida em luz e calor
Mesmo que a realidade seja um gélido inverno
Poder entoar o cântico em gratidão e louvor.
Não que eu seja incapaz de enxergar toda a feiura
Da maldade dos filhos dos homens sobre a terra
Porém não sucumbo ao marasmo e à amargura!
Pois do meu peito aberto revoam mil panapanás
Solto-as na esperança de que suscitem sonhos
Na alma daqueles que ainda sabem amar.