Espera

Guardei o riso no rosto,

e todas as flores minhas,

era certo que tu vinhas

em terras e águas composto.

Esperei de agosto a agosto

quando as dores vêm sozinhas,

e guardei no rosto as linhas

de uma espera sem desgosto.

Morri infinitas mortes,

e o riso caiu de mim

ao te levarem as águas.

Águas vivas, águas fortes,

talvez nas águas sem fim

meu riso suplante as fráguas.

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 30/09/2024
Código do texto: T8163432
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