ROSA 439
No seio da dor, um jovem a vagar,
Com seis irmãos pequenos, a vida a pesar,
Mãe forte, mas cansada, a luta é sem fim,
Picolé nas ruas, seu destino enfim.
O pai, sombra ausente, no mundo a se esconder,
Na alma, um vazio, na mente um querer.
A inocência esvai-se, o terror é real,
Aos dezoito anos, um crime fatal.
Rei da rua, sem luz, no jogo da vida,
A morte a espreitar, a esperança perdida.
Mas um dia, na igreja, a luz a brilhar,
“Vida eterna em Cristo”, a voz a ecoar.
Sonhos de amor, mas a realidade é dura,
Entre mentiras, corrupção, a fé se mistura.